sexta-feira, 10 de abril de 2009

Infância e Adolecência (1)

No dia 26 de Novembro de 1932, na região do Norte de Portugal, na Aldeia do Vale da Porca, Distrito de Bragança, nascia uma criança a quem deram o nome de Vergílio Nascimento Parreira.
Filho de humildes lavradores, mas um pouco abastados, de muitas propriedades no campo da lavoura, a qual era rendosa na época, que apesar de ter mais cinco irmãos, ainda dependiam de outros empregados para dar conta do trabalho no decorrer dos anos.
Todos aprenderam a ler - apesar de ter que caminhar diariamente seis quilômetros para chegar na escola - pois seus pais não tinham leitura alguma, mas se empenharam para que todos concluíssem os estudos.
Este de quem estamos falando, era o quinto filho, talvez o mais obediente de todos, pois nunca recebeu uma bronca dos pais por motivo algum.
Era um menino de aproximadamente dez anos, que levava uma vida normal e com a situação financeira familiar regular, que nem sempre tinha aquilo que desejava – e por isso – sentia que outras crianças eram mais bem sucedidas que ele, e assim, começou a imaginar coisas diferentes do seu modo de vida e de seus pais.
Um dia então, começou a perguntar a si próprio: “Por que será que estou aqui?”, “Por que será que vim ao mundo?”, “Por que será que eu tive de nascer?”
“E como foi a minha geração e gestação? Será que foi espontaneamente? Ou será que foi amorosamente?”
“Será que foi desejada?”
“Será que foi numa cama de Motel? Ou será que foi no banco de um carro?”
“Será que foi numa noite sem luar? Ou será que foi numa viagem de Lua-de-Mel?”
Após todos esses pensamentos e outros mais, ele continuava se olhando no espelho que estava a sua frente e deduzindo mil respostas, dizia para si mesmo: “Será que as pessoas me acham bonito?”, “Será que sou simpático?”, “Será que sou alegre para com todos?”
“Será que sou... antipático?!?”, “Que será que pensam de mim?”
Mas que importa tudo isso?
E assim, ao concluir 16 – 17 –18 anos, era muito admirado pelas garotas do local e das cidades vizinhas; pois a fama de uma família honesta e trabalhadora chegava aos ouvidos de todos na redondeza.

terça-feira, 10 de março de 2009

Amor Traído

Uma mulher que eu amava,
A quem eu tanto estimava,
E que traiu meu coração...(1)
Ela me abandonou,
E sozinho me deixou,
Fazendo grande traição...

Com crueldade me sorria,
A cada momento me dizia,
Pois eu sempre te amei...
Tu sempre foste o meu querido,
Nunca me sais do sentido,
E nunca te esquecerei...

Mas um dia o destino,
Para mim foi tão mesquinho,
E à minha porta parou...
A mulher a quem eu amava,
Outro homem namorava,
E no desprezo me deixou...

Hoje vivo abandonado,
Por este mundo jogado,
Sem carinho de ninguém...
Aquela grande traidora,
Que me deixou e foi embora,
Ela coração não tem...


[1] O nome deste poema, escrito no Brasil, é “Amor Traído”. Acreditamos que, embora escrito já na fase adulta, refira-se a alguém da adolescência, em Portugal.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Infância e Adolecência (2)

As garotas que mais gostavam dele chegavam a se odiar umas às outras (por exemplo: a Lurdinha Ferreira, a Carolina Paula, a prima Vera Paula, a Maria Pelourinho, etc).
Todas tinham ciúmes por ele, pois não queriam perder a disputa...
Assim que completou os vinte anos foi selecionado para servir o Exército, e foi escalado para o quartel de Tavira, ao sul de Portugal, na escola de cabos mercianos, aonde passou dois meses, descobrindo uma vida nova de militar.
Depois foi transferido para o quartel de Mafra, talvez o maior de Portugal, que chegou a conter mais de 2.000 soldados e mais ou menos 300 oficiais.
No decorrer das instruções e avaliações de seus superiores foi escolhido para “ordenança” do comandante geral do quartel (Tenente Coronel). Muito respeitado pela família, ele sempre acompanhava suas filhas fora do quartel.
- o -

Assim se passaram dezoito meses e chegou o tempo de regressar novamente à casa paternal, aonde era esperado com muita ansiedade.
Era 18 de Outubro de 1955, quanta alegria ele guardava em si próprio para essa chegada, mas não sabia que seu pai estava doente e de cama já há alguns dias, mas quando escutou as primeiras falas do filho que chegava em casa, não esperou ele chegar até a cama, se levantou e veio ao encontro abraça-lo, eram muitas saudades do filho predileto.
A maior tristeza da família foi que alguns meses depois o tão querido papai piorou e no dia 4 de janeiro de 1956 falecia por motivo de bronquite crônica.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Lágrimas Ocultas no Silêncio

Você sabia que quando há amor no coração tudo se transforma em alegria e em muita satisfação de viver neste mundo em que passamos apenas um perído de nossa existência passageira; a qual queremos e desejamos que não termine nunca.

Você já teve aquela grande alegria quando conseguiu aquilo que tinha em mente e você recebeu sem saber ‘por que milagre aconteceu’ ?  Uma grande surpresa?

Ah!  Que alegria extraordinária, quanta emoção pode surgir num momento daqueles, quando a pessoa é contemplada com um grande desejo.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

sobre estas Memórias e Lembranças

este blog contém as Memórias, os Contos, as Lembranças, as histórias e estórias de um imigrante português no Brasil, nascido e crescido na região rural de Val da Porca (Mogadouro, Trás-dos-Montes) em Portugal, onde após os 18 anos foi chamado para servir o exército e imigra aos 23 anos para o Brasil. Tornou-se caixeiro-viajante e com seu trabalho autônomo conseguiu casar-se e contruir família. Foi sempre muito feliz mesmo passando por grandes prejuízos em altos negócios como é normal nesta aventura do comércio brasileiro.